
Muito se fala em traição. Há várias formas de se poder trair alguém, e na realidade?, acredito que não haverá sensação mais devastadora, do que a do se saber que se foi traído.
No caso das relações, há quem murmure coisas do género “Amorzinho, eu a ti?, não te traio nem em pensamentos!”.
Já ouvi isto várias vezes, ora dirigido a mim, quando era eu o “Amorzinho”, ora dirigido a “alguéns”, que fazem parte do meu leque de amizades.
Somos animais racionais. Mas apesar de termos a capacidade de reflectir e questionar… viemos com um defeito nas zonas erógenas, que agem como ímanes, que como puro magnetismo, puxam a capacidade de pensar para estas áreas e lá se vai o cérebro, com uma pinta que só visto.
Não me venham agora dizer, que quando uma boa oportunidade surge, há quem não caia. É que na realidade, a racionalidade vai-se… evapora-se!
A oportunidade faz o ladrão, já dizia não sei quem (mas aposto que quem emitiu estas palavras era ladrão)… e é a realidade.
Quando se fala nas vontades carnais, lá se vai o racionalismo por água abaixo. Deixam de existir planos, uma pessoa amada, os votos prometidos… tudo é esquecido. Há que satisfazer as vontades e depois logo se vê, se se consegue viver com a culpa, ou então logo se pensa numa forma de omiti-la.
Hoje disse a alguém, que já não acredito no Pai Natal. E não há realidade mais cruel que esta.
Também se costuma dizer por estas bandas, que Nas costas dos outros vemos as nossas, então se o que eu mais vejo, é gente com grandes cabides na testa, enquanto se acham seres abençoados por terem a pessoa amada do seu lado, sem imaginarem os adereços que exibem, vou ser eu… EU?, a gaja neste mundo, que vou ter agora, a sorte, de ter um relacionamento perfeito, apaixonado, e com muito respeito à mistura?
Poupem-me. Falem-me em coisas reais.
Histeria dos conjugues
Coelha*