A Maresia das Sensações
Era uma tarde de calor e muito sol. A Maria estava em casa, completamente enlouquecida com o calor. Não tinha com quem sair, apetecia-lhe ir comer um gelado e conversar um pouco, mas encontrava-se completamente resignada à solidão entre quatro paredes. Logo naquele dia, onde todos dariam tudo para ter tempo como ela, para aproveitar aquele maravilhoso calor.
O que mais lhe custava, era habituar-se àquela nova, mas já velha fase da sua vida. Sentia-se particularmente só, mas principalmente uma solidão interior.
A verdade é que sair sozinha não a agradava. Não sabia muito bem o porquê, mas o facto de caminhar sozinha pela rua, sem nenhum destino pré-definido, fazia com que se sentisse alvo de curiosidade por parte de quem passava e a observava.
Depois de ter fintado o sol pela janela uma dezena de vezes, decidiu que naquele dia iria sair, custasse o que custasse, independentemente do seu desânimo, dizer-lhe para não o fazer.
Não fazia sentido ficar trancada, enquanto a vida corria lá fora.
No relógio estavam marcadas dezassete horas em ponto. Segundo o que este número representava, deveria ser demasiado tarde, para fazer um passeio. Mas o sol que se tardava a fugir, convidava-a consecutivamente a sair, e estava difícil recusar o convite.
Calçou umas sandálias. Pegou na mala, as chaves e saiu.
Depois de entrar no carro, ficou durante uns segundo a tentar pensar num sítio onde lhe apetecesse ir.
-“Praia!”.
Rodou a chave e seguiu. Na viagem, começa a visualizar todas aquelas imagens que a perseguiram e continuavam a perseguir durante aqueles anos todos. As mesmas vozes, as mesmas personagens, os mesmos cenários… Os mesmo porquês. Mais uns minutos perdidos no vácuo das lembranças, mágoas e dilemas.
Apesar de já ter decidido, que o passado já teria sido arquivado por ela, na estante das suas memórias não aconselháveis a ser recordadas, os seus pensamentos persistiam em leva-la sempre para aquele mundo, para aquela vida passada.
Não sabia mais o que fazer para contrariar aquela realidade, e já se fartara de ouvir sempre o mesmo conselho, “O tempo cura tudo”, afinal de contas nem o tempo a favorecia.
Aquele passado começava a ser torturante, e só queria encontrar soluções para o esquecer de vez.
Estacionou o carro e deitou a cabeça no volante. Começou a ouvir os risos estridentes das crianças, mas não tinha vontade de observar nada.
Era uma tarde de calor e muito sol. A Maria estava em casa, completamente enlouquecida com o calor. Não tinha com quem sair, apetecia-lhe ir comer um gelado e conversar um pouco, mas encontrava-se completamente resignada à solidão entre quatro paredes. Logo naquele dia, onde todos dariam tudo para ter tempo como ela, para aproveitar aquele maravilhoso calor.
O que mais lhe custava, era habituar-se àquela nova, mas já velha fase da sua vida. Sentia-se particularmente só, mas principalmente uma solidão interior.
A verdade é que sair sozinha não a agradava. Não sabia muito bem o porquê, mas o facto de caminhar sozinha pela rua, sem nenhum destino pré-definido, fazia com que se sentisse alvo de curiosidade por parte de quem passava e a observava.
Depois de ter fintado o sol pela janela uma dezena de vezes, decidiu que naquele dia iria sair, custasse o que custasse, independentemente do seu desânimo, dizer-lhe para não o fazer.
Não fazia sentido ficar trancada, enquanto a vida corria lá fora.
No relógio estavam marcadas dezassete horas em ponto. Segundo o que este número representava, deveria ser demasiado tarde, para fazer um passeio. Mas o sol que se tardava a fugir, convidava-a consecutivamente a sair, e estava difícil recusar o convite.
Calçou umas sandálias. Pegou na mala, as chaves e saiu.
Depois de entrar no carro, ficou durante uns segundo a tentar pensar num sítio onde lhe apetecesse ir.
-“Praia!”.
Rodou a chave e seguiu. Na viagem, começa a visualizar todas aquelas imagens que a perseguiram e continuavam a perseguir durante aqueles anos todos. As mesmas vozes, as mesmas personagens, os mesmos cenários… Os mesmo porquês. Mais uns minutos perdidos no vácuo das lembranças, mágoas e dilemas.
Apesar de já ter decidido, que o passado já teria sido arquivado por ela, na estante das suas memórias não aconselháveis a ser recordadas, os seus pensamentos persistiam em leva-la sempre para aquele mundo, para aquela vida passada.
Não sabia mais o que fazer para contrariar aquela realidade, e já se fartara de ouvir sempre o mesmo conselho, “O tempo cura tudo”, afinal de contas nem o tempo a favorecia.
Aquele passado começava a ser torturante, e só queria encontrar soluções para o esquecer de vez.
Estacionou o carro e deitou a cabeça no volante. Começou a ouvir os risos estridentes das crianças, mas não tinha vontade de observar nada.
(continuação)
Histeria só minha
Coelha*
8 Não reclamas?:
Texto super profundo, dá que pensar :) Por outro lado, um tanto ou quanto triste!
De qualquer forma, gostei :)
Beijinho grande**
Estou à espera da continuação... :) Até agora parece-me bem mas vamos lá ver se a Maria terá alguma felicidade na sua vida.
beijinhos***
Gosto do texto, mas espero que seja ficção!
beijo e aguardo a continuação
Bom texto, ficção da melhor no ponto de vista a cena passar-se no Verão, é que com este frio, comer gelados é obra.
Fico à espera da sequela.
Beijocas natalícia.
Gostei imenso. Aguardo a continuação ansiosamente =)
beijo!
agora que eu tava entusiasmada cortas assim o texto pá!! é da tua autoria Coelha...gostei gostei pá!! bjs
Texto bonito, despretencioso e muito escorreito e, não, não me interessa se é ficção ou não. Só a alma... que a tem!
deixei-te um desafio no meu blog:p
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